Passeando pelas ruas de Lisboa à noite penso, relembro-me, reflicto… em como Te quero.
Quanto mais meninas conheço mais gosto de Ti, disse eu certo dia com um sorriso de garoto a quem lhe foi dado uma guloseima… não que as meninas que tenha conhecido não sejam bonitas, ou pouco interessantes, ou mesmo antipáticas… mas só Tu tens aquele sorriso de luar que me faz brilhar o olhar.
Quanto mais meninas conheço mais gosto de Ti, disse eu certo dia com um sorriso de garoto a quem lhe foi dado uma guloseima… não que as meninas que tenha conhecido não sejam bonitas, ou pouco interessantes, ou mesmo antipáticas… mas só Tu tens aquele sorriso de luar que me faz brilhar o olhar.
Os Teus olhos de um castanho claro, cuja claridade é reflexo de um coração puro quase imaculado, de uma menina, senhora mulher.
Adoro quando me contas histórias intermináveis com milhares de personagens… gosto de Te ver comer, a forma graciosa como manejas os talheres parece teceres uma teia na qual eu já cai… surpreendes-me com a Tua perspicácia, consegues desnudar uma pessoa à Tua frente e traduzi-la em meia dúzia de palavras… e sabes que mais… tens razão!
As Tuas pequenas mãos tocam-me pausadamente e com carinho, como se estivesses a tocar piano… não pares continua a tocar o recital.
A Tua pele ebúrnea deleito-me ao percorrer as curvas torneadas e tentadoras do Teu corpo.
Os lábios que raramente vêem batom e que ficam ressequidos quando o tempo urge e o beijo não surge. Para dar o toque final, os cabelos. De um castanho-escuro da cor da terra, é nele que quero ser enterrado, é nele que estou enterrado.
Só a Ti me confesso… passeio sozinho na noite de Lisboa porque gosto de sentir a cidade a adormecer, gosto de passear nos locais que de dia são infernais e que durante a noite se pode escutar o silêncio.
Gosto de ir ao cinema Quarteto à última sessão e ter uma sala só para mim, para poder chorar, rir, indignar-me, revoltar-me como se estivesse em casa. Gosto de saborear o meu cachimbo (eu sei que faz mal, estou a tentar mudar) e sentir o frio e o nevoeiro a passarem por entre os cabelos alguns deles já grisalhos, desgastados pelas injustiças da vida.
Gosto de ver as fachadas dos prédios e tentar memorizar cada traço.
Gosto de à noite ir comer bolos acabados de fazer… mas o melhor não é eu gostar! O melhor é Tu compreenderes-me, aceitares-me e gostares de mim como eu sou, tal e qual como aquele cliché “sem corantes, nem conservantes”… Abençoada sejas!
Bem ditas meninas que tenho conhecido, pois a elas devo grande parte do amor que gosto e que nutro por Ti!